Comissão Especial de Mídia, Entretenimento e Cultura reúne especialistas e aborda desafios e oportunidades para advogados no crescente mercado de jogos eletrônicos
A Comissão Especial de Mídia, Entretenimento e Cultura da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), promoveu o debate sobre “Games e Esports com Bruno PlayHard: Conteúdo, Competição e Negócios – A bilionária indústria dos games na visão de um dos mais influentes empresários do setor” na manhã deste último sábado (11), na sede da Secional.
O criador de conteúdo e empresário, Bruno “PlayHard” Bittencourt foi destaque no evento, compartilhando sua trajetória de sucesso no setor de jogos eletrônicos. Aos 29 anos, PlayHard é reconhecido como pioneiro em jogos mobile no Brasil, como fundador das plataformas LOUD e da Spacecaps, além de ser citado na Forbes 30 Under 30 e ter participado como convidado na oitava temporada do Shark Tank Brazil.
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“Gosto muito de games, mas vejo poucas oportunidades nas empresas, especialmente para advogados. No setor, abordo contratos, jogadores nacionais e internacionais, conteúdo, publicidade, e vejo a importância de compreender o ecossistema e participar ativamente. Ser um advogado nesse mercado pode significar crescimento, projetos conjuntos e a transformação de oportunidades aparentemente pequenas em algo significativo. Acredito que, ao entender a dinâmica, é possível ser um ‘tubarão dentro de um aquário,’ uma oportunidade interessante que merece consideração”, afirma PlayHard.
A palestra também contou com a presença do presidente da Comissão de Mídia, Entretenimento e Cultura da OAB SP, José Maurício Fittipaldi; membro das Comissões de Direitos da Mídia e de Direito do Trabalho da OAB Campinas e atuante nos segmentos de mídia, eSports e entretenimento, Adriana Saltarini; a presidente da Comissão de Direitos da Mídia da OAB Campinas, Eric Rocha; e a fundadora do grupo “Mulheres da Mídia”, rede de mulheres atuantes no mercado de Entretenimento e Publicidade, e membro da Comissão Especial de Mídia, Entretenimento e Cultura da OAB SP, Ingrid Sguassabia Ferreira.
Durante o encontro foi abordado sobre a importância da adequação das leis contratuais, além da flexibilidade aos profissionais, Adriana Saltarini destacou: “Estamos vivendo um momento de mudanças não apenas na indústria de jogos, mas também na indústria tecnológica. Os profissionais desejam mais autonomia na escolha de seus trabalhos, horários, investimentos e contratos. Isso é possível no Brasil desde a reforma trabalhista de 2017 e decisões recentes do Supremo. Empresas são obrigadas a negociar com profissionais qualificados, permitindo flexibilidade, como trabalhar menos horas ou de forma remota. A adaptação às evoluções legais é crucial para garantir um ambiente seguro e atraente para os profissionais.”
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Gerando insights aos advogados presentes, o presidente da Comissão de Mídia, Entretenimento e Cultura da OAB SP, compartilhou sua percepção da advocacia e a necessidade de conhecimento do setor de entretenimento, para quem pretende ingressar na área e garantir bons resultados.
Presidente da Comissão de Mídia, Entretenimento e Cultura da OAB SP, José Maurício Fittipaldi
“Hoje, vejo que saímos da faculdade bem preparados em direito material e processual, mas focados demasiadamente em litígios. Acredito que o futuro do direito está na composição e atuação como agente de negócios, especialmente nas indústrias, como a de radiodifusão. Percebo um gap geracional, especialmente no mercado de televisão e rádio, onde a geração Z é criticada, mas impõe mudanças nas empresas. As empresas de radiodifusão estão começando a se adaptar, embora mais lentamente. O advogado que ingressa nessa área precisa compreender profundamente o negócio, agir como solucionador de problemas e estabelecer parcerias com o departamento comercial. Essa abordagem é essencial para viabilizar o negócio e acompanhar as demandas do mercado de forma eficaz”, declarou José Maurício Fittipaldi.
