Reuniões nas Conferências Regionais da Advocacia possibilitam a conexão da Secional com as subseções, fortalecendo a advocacia negra e o combate ao racismo
A Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP) promoveu, durante a sexta Conferência Regional da Advocacia de 2023 (CRADV23), mais uma trilha de aprendizagem voltada à Igualdade Racial. O encontro, que foi realizado na última sexta-feira (26) na Faculdade Anhanguera de Leme, visa o fortalecimento da advocacia negra e o combate ao racismo.
Conduzida pela diretora secretária-geral adjunta da OAB SP, Dione Almeida, a trilha reuniu mais de 30 pessoas. Entre os participantes, estavam o presidente da OAB Sumaré, Paulo Roberto da Silva; a secretária-adjunta da Subseção anfitriã, Adriana Damas; a advogada e vereadora de Leme, Amarílis Ribeiro; o publicitário e também vereador da cidade, Professor Luís Fernando da Silva Beck; integrantes de Comissões de Igualdade Racial (CIRs) de subseções envolvidas na 6ª CRADV23; além de representantes da sociedade civil lemense.
Para a Comissão de Igualdade Racial da OAB SP, essas reuniões nas Conferências Regionais da Advocacia possibilitam a conexão da Secional com as subseções, a partir das CIRs, fortalecendo o combate ao racismo em todo o território paulista.
O 1º Encontro de Integrantes de Comissões de Igualdade Racial de Subseções da OAB SP foi realizado no mês passado, em São Carlos. Na ocasião, a Secional promoveu a escuta e o acolhimento dos participantes daquela região.
Encaminhamentos de Leme
Segundo Dione, uma Subseção sem Comissão de Igualdade Racial inviabiliza a discussão de pautas raciais. “Como encaminhamentos da nossa trilha em Leme, estão: analisar os trabalhos que estão sendo executados pelas CIRs paulistas; estimular o trabalho conjunto com outras comissões temáticas; contabilizar quantas subseções da OAB SP não têm Comissão de Igualdade Racial e descobrir o porquê de não terem”, informou a diretora da Ordem paulista.
“Como a pauta racial tem espaço em todas as áreas do Direito, as CIRs também não podem sofrer com a guetificação. É importante que seus membros dialoguem com outras comissões. Com essa atuação conjunta, quem ganha é a advocacia – como um todo”, complementou Dione.
Ainda de acordo com ela, a Secional deverá organizar um curso de formação para membros das CIRs e para a jovem advocacia, com o objetivo de promover a igualdade racial e desenvolver lideranças negras, para o fortalecimento da categoria.
“Queremos que mais advogados negros conheçam o Universo OAB SP, para serem estimulados a integrar as comissões temáticas da Secional, onde poderão desenvolver suas potencialidades e, quando alcançarem postos de liderança, tenham condições de executar trabalhos ainda mais proveitosos para a nossa classe, assim como para a sociedade”, ressaltou Dione.