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Maio Vermelho: hora de se prevenir contra o câncer de boca

By 11 de maio de 2023No Comments
Maio Vermelho: hora de se prevenir contra o câncer de boca

O Maio Vermelho está em curso e merece atenção especial. O câncer de boca, que motiva a ação de alerta e conscientização, é o quinto câncer de maior incidência entre homens no Brasil, e o sétimo entre mulheres. Infelizmente, a maioria dos casos ainda é diagnosticada em estágio avançado.

“Os tumores de boca têm evolução rápida, iniciando-se, geralmente, com lesões que parecem aftas”, adverte a médica oncologista, Milena Mak, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

A doença – também conhecida como câncer de lábio e cavidade oral – é mais comum entre homens com mais de 40 anos. Assim como em outras neoplasias malignas, seu diagnóstico precoce é determinante para o êxito do tratamento, que abrange cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

“Se uma afta ou outro abcesso surgir na boca – ou mesmo alguma nodulação no pescoço – e não melhorar em três semanas, é importante procurar um médico, preferencialmente, um especialista em cabeça e pescoço, ou mesmo um dentista”, orienta Milena.

O grande vilão nos casos de câncer de boca é o tabagismo, em todas as suas formas – cigarro, palheiro, charuto, cachimbo e até narguilé e cigarro eletrônico. Também favorecem o aparecimento da doença a ingestão frequente de bebidas alcoólicas, a exposição a radiação ultravioleta sem proteção e o contágio pelo papiloma vírus (HPV).

O diagnóstico se dá por biópsia do tecido lesado. Segundo a médica oncologista, metástases a partir de um câncer de boca acontecem em de 7% a 10% dos casos, sendo o tipo mais comum a chamada “metástase regional”, como linfonodos de pescoço.

O Instituto Nacional do Câncer estima cerca de 15 mil casos anuais de câncer de boca no Brasil, daí a relevância do Maio Vermelho. O tratamento da doença não é simples: na maioria das vezes, após a remoção cirúrgica do tumor,  que pode ser associada à radioterapia e quimioterapia, são necessários cuidados multiprofissionais, com suporte de enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas e nutricionistas.