Prêmio criado pela Comissão de Igualdade Racial da OAB SP enaltece o trabalho daqueles que perseveram em favor da equidade e da cidadania
A OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), por meio de sua Comissão de Igualdade Racial, orgulhosamente anuncia os cinco finalistas do 12º Prêmio Benedicto Galvão, que será realizado durante o 2º Congresso Estadual da Advocacia Negra (CEDAN), no dia 22 de novembro deste ano, às 18h.
O grupo de escolhidos, composto pelos advogados Eginaldo Marcos Honorio, Claudio Lúcio Claudino, Keila Maria Candido, Lenny Blue de Oliveira e Vilma Muniz de Farias (veja os perfis abaixo), atende aos requisitos estipulados para esta edição: o foco principal, segundo Irapuã Santana, presidente da Comissão, é premiar figuras com 60 anos de vida ou mais.
“Envelhecer é uma dádiva, uma oportunidade de construir e passar a tradição para frente. E nós, enquanto sociedade, precisamos saudar, honrar e festejar esse grupo especial “, diz Irapuã Santana.
O presidente explica que três prêmios serão concedidos na ocasião, durante o Congresso e em comemoração ao mês da Consciência Negra – um por indicação direta da Comissão de Igualdade Racial e os outros dois através do processo de candidatura e votação popular.
Conheça os finalistas:
Eginaldo Marcos Honorio
Eginaldo Marcos Honorio tem 69 anos, foi o primeiro presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra de Jundiaí (2000/2003), delegado na Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (2005/2013), professor convidado da Unisal em História e Cultura Afro-Brasileira, ganhou o prêmio Força da Raça em 2003 e 2013, medalha “Petronilha Antunes” outorgado pela Câmara Municipal de Campinas, cronista do Jornal de Jundiaí, comendador pela Câmara Brasileira de Cultura, consultor jurídico na Comissão de Direitos Humanos, Comissão da Igualdade Racial e Comissão da Liberdade Religiosa na subseção de Jundiaí, e foi nomeado presidente da Comissão de Resgate da Memória da OAB SP.
Claudio Lúcio Claudino
Cláudio é advogado, vice-presidente da Comissão da Igualdade Racial e vice-presidente da Comissão da Verdade sobre a Escravidão da OAB de Araraquara. Também é ativista dos movimentos negros desde 1977 e contribuiu para a compilação do livro “A História Comprovada – Fatos Reais e as Dores da Escravização Araraquarense, publicado em 2023.
Keila Maria Candido
Foi professora substituta da Rede de Ensino Estadual, Keila Maria foi representante da Comissão Antidiscriminatória do Negro na OAB São Carlos, coordenadora da entidade ACORDE, autora e coordenadora do I Programa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e da I Seção de Combate ao Racismo e Discriminação no Executivo de São Carlos, secretária geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFScar, coordenadora da 1ª Comissão de Verificação da Autodeclaração Raça/Cor e Identificação da Pessoa com Deficiência da UFScar.
Lenny Blue De Oliveira
Lenny Blue de Oliveira, 70 anos, é mãe, avó, advogada, escritora, ativista racial e feminista, escritora, co-fundadora do MNU (Movimento Negro Unificado), atual vice-presidente da Comissão de Verdade e Memória da Escravidão Negra da OAB-SP, membra do IANB (Instituto Advocacia Negra Brasileira), marchante da Marcha das Mulheres Negras São Paulo, integrante do bloco afro Ilú Obá de Min, pesquisadora interseccional com publicações sobre envelhecimento do povo negro, entre outros. Praticante de Afro Chi.
Vilma Muniz de Farias
Diretora da CAASP (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo), Vilma Muniz de Farias trabalhou como advogada sócia na empresa Martinelli & D’Angieri Advogados, advogada coordenadora na empresa Banco Nossa Caixa S.A, advogada Banco Nossa Caixa, estudou Direito da Economia e da Empresa na FGV/Ohio University, frequentou os colégios Imaculada Conceição e Dom Barreto, estudou Ciências jurídicas e Sociais na PUC-Campinas e estudou Mestrado na PUC de São Paulo.
O prêmio
O Prêmio Benedicto Galvão foi criado em 2012, sob a chancela do Conselho Secional, a fim de homenagear o primeiro presidente negro da OAB SP, Benedicto Galvão, que ocupou o cargo entre os anos de 1940 e 1941, e com o objetivo central de enaltecer o trabalho daqueles que perseveram diariamente em favor da equidade e da cidadania, além de lutar pela liberdade e manutenção dos valores democráticos.
“Sabendo que somos a realização dos sonhos de nossos ancestrais, é preciso homenagear em vida aqueles que fizeram de sua guia a abertura dos caminhos para que nós chegássemos a esse momento de movimento e progressos social, econômico e intelectual da população negra”, ressalta Irapuã Santana, presidente da Comissão de Igualdade Racial
Neste ano, a condecoração estendeu as indicações e pré-candidatura até o dia 15 de setembro, por meio de formulário. Já o início da votação, passada as etapas de verificação, análise e deliberação das inscrições, acontecem entre os dias 25 de setembro e 16 de outubro.
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