Candidata, que é advogada, defendeu a importância do papel dos operadores do Direito diante da omissão do Estado
A Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP) recebeu, nesta quarta-feira (14), a senadora pelo Mato Grosso do Sul e candidata à Presidência pelo União Brasil, Soraya Thronicke. A parlamentar esteve presente no Hora do Voto, espaço de diálogo promovido pela Secional paulista para ouvir as propostas dos postulantes ao cargo máximo do Executivo, ampliando os debates nas Eleições de 2022.
Na mesa, estiveram presentes o vice-presidente da OAB SP, Leonardo Sica, o diretor tesoureiro da OAB SP, Alexandre de Sá Domingues, a tesoureira da Caixa de Assistência dos Advogado de São Paulo (CAASP), Solange Amorim Coelho, o ouvidor-geral da entidade, Wilson Santos, a presidente da Comissão do Observatório Eleitoral da OAB SP, Maíra Recchia, e como mediador, o advogado, Sergei Cobra.
Soraya Thronicke nasceu em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e graduou-se em Direito. No início da profissão atuou na assessoria a juízes e desembargadores, mas consolidou sua carreira como advogada da área do Direito de Família e Sucessões, e Empresarial.
A candidata disse na abertura do evento que o país precisa passar por uma reforma tributária para apresentar uma melhora na economia. Ela destacou que atualmente os impostos são cobrados sobre o consumo e não sobre a faixa salarial, o que causa uma distorção, fazendo com que todos paguem os mesmos impostos.
Perguntada sobre a relação entre os poderes da República, Soraya Thronicke defendeu o respeito aos poderes, às instituições e ao papel que cada um deles desempenha no país. “É preciso respeitar a Constituição Federal, e não só as quatro linhas, mas todas elas”, disse. Mencionando sua presença na posse da ministra Rosa Weber como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a candidata disse que o país passa por um momento em que “o diálogo está abalado”.
Ainda sobre a Corte Suprema, ela lembrou de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que já tramita no Congresso Nacional, que prevê uma mudança no período em que os ministros do STF permanecem na Corte. “Podem ser mandatos de 8, 10 ou 12 anos, mas não pode ser como é hoje, ad eternum, disse. Após serem indicados pelo presidente da República, os ministros são sabatinados pelo Congresso e podem exercer seus cargos até a aposentadoria compulsória, aos 75 anos.
Soraya mencionou a PEC 6/2022, da qual é uma das autoras, que prevê que uma em cada duas listas sêxtuplas para o Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público sejam compostas apenas por mulheres.
Como advogada, defendeu a importância do papel dos operadores do Direito, diante da omissão do Estado. Ao ser questionada sobre o valor da liberdade de imprensa, a candidata exaltou o consórcio feito por veículos para a publicação dos dados da Covid-19, após um apagão do Ministério da Saúde.
A secional paulista já recebeu Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Avila (Novo) e deve receber também Luís Inácio Lula da Silva (PT).
