A Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo realiza na cidade de Bebedouro (SP), de 6 a 10 de setembro, os 1ºs Jogos da Advocacia Paulista, o JAP. Mais de mil advogados e advogadas de todo o Estado estarão competindo em 15 modalidades num evento pioneiro, inspirado nas Olimpíadas e que primará pela organização detalhista e uma estrutura de apoio completa, em termos de praças esportivas, alojamento e transporte, afora atividades de lazer. Não se tem notícia de ação agregadora tão ampla no seio da advocacia.
A razão de a CAASP, ao lado da OAB SP e de suas Subseções, realizar um evento dessa dimensão – para o qual contamos com o apoio da iniciativa privada e do Poder Público local – é antes de tudo seu papel institucional de promover a saúde preventiva para advogados e advogadas, algo que tem no esporte um instrumento indispensável. Além disso, o JAP ainda servirá como fator de fortalecimento do Interior.
Por outro lado, enxergamos o esporte como decisivo não apenas para a saúde, mas para a vida em sociedade. Não se veem atividades humanas com poder de mobilização igual ao do esporte, que gera paixões, proporciona confraternizações, favorece amizades, promove inclusão.
O amor das populações do mundo inteiro pelo esporte é notório. Seus astros vêm à frente dos grandes artistas no imaginário popular. Os craques do futebol, do tênis, do basquete, do judô e de tantas outras modalidades esportivas inspiram sobretudo nossas crianças. O poder do esporte extrapola os estádios, os ginásios e as pistas. Essa atividade, que possivelmente surgiu junto com a humanidade e com ela vem evoluindo, também constitui importante fator de inclusão e já ajudou a escrever a história da luta contra o preconceito.
Um dos marcos do fim do apartheid na África do Sul, em 1995, foi uma partida de rúgbi entre as seleções daquele país e da Nova Zelândia. Pela primeira vez, a equipe sul-africana contou com negros em seus quadros, antes formados exclusivamente por cidadãos da minoria branca. A seleção plurirracial da África do Sul foi então campeã da Copa do Mundo de Rúgbi, impulsionando o fim do segregacionismo no país, como propugnado por Nelson Mandela. E foi Mandela quem afirmou: O esporte tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar, tem o poder de unir as pessoas”.
*Adriana Galvão
Presidente da CAASP (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo)