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OAB SP entrega 38º Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth nesta quarta-feira (7)

By 6 de dezembro de 2022dezembro 8th, 2022No Comments
OAB SP entrega 38º Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth nesta quarta-feira (7)

Edição deste ano homenageará a irmã Michael Mary Nolan, além de Dom Philips e Bruno Pereira

A Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP), por meio de sua Comissão de Direitos Humanos (CDH), realizará amanhã (7) a entrega do 38º Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth. A cerimônia, que terá início às 18h, contará com transmissão da WebTV da Secional no YouTube. As inscrições estão abertas na plataforma Sympla.

Criada em 1982, a honraria renova – anualmente – o compromisso da OAB SP com os direitos fundamentais da pessoa humana, sejam estes de natureza civil, política, econômica, social ou cultural. Os homenageados são aqueles que atuam na defesa da dignidade dos cidadãos, à luz de valores voltados aos direitos humanos, a exemplo do advogado Franz de Castro Holzwarth, que também ficou conhecido como apóstolo dos encarcerados.

“Na esteira da comemoração do 74º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Prêmio Franz de Castro deste ano contemplará Michael Mary Nolan pela magnitude e nobreza de seu trabalho, dedicado a garantir os direitos de quilombolas, indígenas, pessoas em situação de rua, mulheres migrantes em situação de rua e para erradicar a desigualdade de gênero. A premiação também homenageará Dom Philips (in memoriam) e Bruno Pereira de Souza (in memoriam), por terem sido incansáveis na luta contra a violência vivida pelos povos indígenas, comunidades tradicionais e pessoas que atuam na proteção da Amazônia; a simbologia de seus assassinatos, em meio à truculência com que o tema foi tratado nos aponta para os desafios que nossa sociedade precisa enfrentar”, informa a CDH.

Ainda de acordo com a Comissão, a entrega da honraria é uma oportunidade de reflexão sobre as vulnerabilidades de grande parte da população brasileira, que vive em um cenário onde os direitos básicos da pessoa humana são continuamente violados ou sequer podem ser acessados.

“Pretendemos que a solenidade cumpra o papel de envolver a sociedade no reconhecimento da relevância de projetos de difusão e defesa dos direitos humanos – protagonizados pelos homenageados –, dando visibilidade a suas ações e incentivando todos os atores envolvidos nessa causa a persistirem. No ensejo dessa homenagem, a Comissão de Direitos Humanos da OAB SP renova seu compromisso perante à sociedade de se manter resiliente em sua atribuição de propagar e proteger os direitos humanos, especialmente dos grupos sociais mais vulneráveis – como indígenas, quilombolas, pessoas negras, pessoas com deficiência, LGBTs+, mulheres e idosos – na promoção de justiça social”, ressalta a CDH.

Premiados

Irmã Michael Mary Nolan, advogada, coordenadora da Congregação das Irmãs de Santa Cruz, assessora das Pastorais Sociais e assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras (EAACONE). Em 2004, recebeu doutorado honorário de Saint Mary’s College, Notre Dame, Indiana por seu trabalho em favor dos direitos humanos.

Menções Honrosas: Jornalista Dom Phillips (Dominic Mark Phillips), britânico radicado no Brasil desde 2007. Philips Nasceu em Bebington, Merseyside, em 23 de julho de 1964, mudou-se para Bristol em 1988, onde fundou uma revista chamada New City Press. Isso o levou em 1991 a um emprego na Mixmag como editor assistente. Ele se tornou editor em dezembro de 1993 e permaneceu na revista até sua saída, em 1999. Em 2007, mudou-se para São Paulo, visando escrever seu livro Superstar DJs Here We Go!, que foi publicado em 2009. Phillips permaneceu no Brasil e tornou-se correspondente freelancer para uma ampla gama de veículos, incluindo Washington Post, Times, Financial Times e, nos últimos anos, para o The Guardian. Ele foi morto em 5 de junho de 2022, aos 57 anos, durante uma viagem de reportagem à Amazônia.

Bruno Pereira, agente indigenista na Fundação Nacional do Índio (Funai). Foi coordenador da sede da Funai em Atalaia do Norte e deixou o cargo em janeiro de 2016. Foi coordenador-geral de Índios Isolados e de Recém-Contatados da Funai. Em março de 2019, o indigenista liderou uma expedição de contato com os Korubo do Coari, grupo em total isolamento na Terra Indígena Vale do Javari, situada quase na fronteira entre Brasil e Peru, no Amazonas. Foi assassinado junto com Dom Phillips.