Jacob Goldberg, advogado, psicológico e escritor premiado, estará ao lado de Adriana Galvão, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP), e de Flávio Tartuce, diretor da Escola Superior de Advocacia (ESA), no curso “O Direito no Divã”, a ser transmitido via YouTube nos dias 2 e 3 de agosto, das 19h às 21h (inscrições AQUI).
O título do curso promovido pela ESA da OAB SP, em parceria com a CAASP, remete ao livro de Golberg vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Direito, em 2012, e que está ganhando sua segunda edição.
“O evento abordará as questões psicológicas que mais afetam advogados e advogadas neste momento, bem como ‘os desafios contemporâneos para a advocacia, em um contexto de pandemia, guerra, fome e crise econômica’”, descreve Tartuce.
Para a presidente da CAASP, “a conjunção entre as exigências de trabalho, cada vez mais dependentes de novas tecnologias, dificuldades econômicas decorrentes de uma crise que parece só se agravar e o impacto ainda sentido pela Covid-19 torna a manutenção da saúde mental um grande desafio para advogados e advogadas”.
Mas não são apenas advogados e advogadas que merecem um divã para aliviar suas angústias. Ao que parece, na avaliação de Jacob Goldberg, o sistema judiciário, como um todo, comporta-se como um paciente mentalmente transtornado. A culpa seria da superexposição proporcionada pela televisão e pela internet?
“A Justiça, antes cega, passou a ser vidente e visada”, afirma o psicólogo, aludindo às redes sociais e às transmissões de sessões de julgamento pela TV Justiça. “A partir do momento em que julgamentos são televisionados, tem-se uma exposição imagética da coisa legal”, complementa o escritor.
No curso da ESA e da CAASP, Goldberg falará disso e de muitos outros aspectos que envolvem o Direito e a saúde mental. Levará o teor sempre espirituoso de sua análise. “É preciso compreender os comportamentos, as dificuldades e os problemas nesse campo que são filtrados pela emoção. Em todas as áreas do Direito, a questão da subjetividade sempre foi muito pouco especulada”, observa o advogado.