A Guerra na Ucrânia, o recrudescimento da Covid-19 na China e a alta demanda por remédios nesta época do ano são alguns dos motivos para o vazio nas prateleiras de medicamentos em farmácias de todo o Brasil. É o que aponta recente nota do Conselho Federal de Farmácia (CFF). O preocupante cenário de abastecimento do mercado farmacêutico tem chamado a atenção da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP), que frequentemente vem atualizar a advocacia sobre a situação, já que as farmácias da entidade não estão imunes ao problema.
A nota considera urgentes e necessárias medidas que possam mitigar o problema, como o incremento da produção nacional, tanto de matéria-prima quanto do produto acabado. Segundo o CFF, o Brasil tem, pelo menos, 18 laboratórios farmacêuticos oficiais que estão subutilizados.
Os riscos são muitos, segundo o órgão: “A falta de antimicrobianos, mucolíticos, anti-histamínicos e analgésicos, entre outros, nas farmácias, e de dipirona sódica, soro de reidratação, itens indispensáveis à analgesia em cirurgias, antimicrobianos e diuréticos em hospitais compromete o desfecho dos tratamentos prescritos e pode aumentar a ocorrência de complicações e de mortalidade nos estabelecimentos de saúde”.
Por fim, a exemplo do que já orientou a CAASP aos profissionais da advocacia, o CFF sugere aos pacientes que busquem a intercambialidade de medicamentos, sob a orientação do farmacêutico ou médico de confiança, para adequação da conduta terapêutica, em função da contingência atual.
A CAASP ressalta que tem empreendido esforços junto a seus fornecedores para repor com a máxima rapidez possível os medicamentos em falta.