Líderes de sete organizações, incluindo a OAB SP e a AASP, participaram de encontro na sede da Secional para alinhar parceria em pautas dos profissionais do direito, como direito à sustentação oral e defesa da Justiça do Trabalho
Representantes de sete entidades se reuniram na sede da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), em São Paulo, nesta quinta-feira (8), para criar uma rotina de encontros durante o ano e elaborar estratégias de defesa conjunta das pautas da advocacia.
O grupo deve promover encontros periódicos nas sedes dos participantes, seguindo um rodízio, para debater estratégias e planos de atuação nas lutas comuns em torno das demandas da advocacia, com o objetivo de gerar benefícios mais amplos e perenes.
A primeira ação definida pelos representantes das entidades participantes, incluindo a OAB SP e a AASP, foi a criação de uma abrangente conferência para a classe. A ser realizado em parceria com todas as instituições participantes, o evento tomaria como modelo as 14 Conferências que a OAB SP promoveu no Estado de São Paulo ao longo de 2023.
No encontro, os líderes também registraram que as entidades podem abraçar as pautas unânimes sem prejuízo de se manterem independentes. “Queremos transformar essa construção coletiva, que já existe no virtual, em um corpo institucional para empreendermos com mais força as nossas lutas comuns”, disse Patricia Vanzolini, presidente da OAB SP.
“A OAB tem muita força, isenção e respeito por seus 92 anos de história, mas nem sempre conseguimos usar essas características com precisão. Com essa união, teremos a colaboração de entidades com diferentes expertises e capilaridades que podem agregar nas batalhas”, afirmou Leonardo Sica, vice-presidente da OAB SP.
André Almeida Garcia, presidente da AASP, pontuou que “Temos importantes questões comuns, como os julgamentos virtuais e a resolução recente do TJ-SP que gera a possibilidade de um desembargador indeferir um pedido de sustentação oral, além da recusa de recebimento de advogados”.
Fábio Roberto Gaspar, presidente do SASP (Sindicato dos Advogados de São Paulo), lembrou a importância de defender a competência da Justiça do Trabalho, que tem tido revezes por decisões contraditórias emitidas pelo Supremo. “Na capital, os advogados trabalhistas são 30% da classe”, afirmou. A OAB SP participa da coordenação de um movimento em defesa à Justiça do Trabalho que prevê um ato, em âmbito nacional, no dia 28 de fevereiro.
Sica celebrou ainda a concretização do grupo, após meses de debates virtuais. “Os tempos modernos são fartos de movimentação de informação, mas também favorecem a dispersão. Há momentos em que precisamos sentar e debater temas com profundidade para poder conseguir criar um plano de ação concreto”, afirmou o vice-presidente da OAB SP.
Participaram do encontro:
- Afonso Paciléo Neto, presidente da AATSP (Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo)
- André Almeida Garcia, presidente da AASP (Associação dos Advogados de São Paulo)
- Arnobio Rocha, coordenador da Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo
- Camila Fortes, diretora-secretária da Abracrim (Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas de São Paulo)
- Diogo Leonardo Machado de Melo, diretor administrativo do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo)
- Eduardo Perez Salusse, presidente do MDA (Movimento de Defesa da Advocacia)
- Fábio Roberto Gaspar, presidente do SASP (Sindicato dos Advogados de São Paulo)
- Gisela da Silva Freire, presidente do SINSA (Sindicato das Sociedades de Advogados de São Paulo e Rio de Janeiro)
- Rodrigo Fuziger, vice-presidente da Abracrim
- Rodrigo Moraes, vice-presidente do MDA
- Sydney Limeira Sanches, presidente do IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros)