De 20 de novembro a 10 de dezembro, a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo abre espaço nas suas redes sociais para a campanha “Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, mobilização global originalmente concebida pela ONU Mulheres, órgão das Nações Unidas, com o objetivo de sensibilizar, galvanizar o ativismo e compartilhar conhecimento e inovação para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo.
A ação, sob responsabilidade da diretora Raquel Tamassia, prevê a divulgação em redes sociais de 10 vídeos com especialistas, professoras e empreendedoras sociais, abordando as mais variadas formas de violência contra as mulheres no Brasil e seus possíveis enfrentamentos, estimulando a reflexão sobre as temáticas, nuances e especificidades de diferentes grupos de mulheres.
“Esta campanha se insere no rol de iniciativas que temos desenvolvido – e de tantas outras que temos apoiado – para romper com o ciclo da violência e das mais variadas formas de opressão às mulheres”, afirma Tamassia.
“A violência de gênero é um mal que assola toda a sociedade, inclusive tornando-se um problema de saúde coletiva, quer pela destruição estrutural e emocional da vítima, quer pelas terríveis consequências deflagradas no núcleo familiar atingido. A advocacia precisa ser uma voz a se levantar em favor desta causa”, afirma a vice-presidente da Caixa de Assistência, Aline Fávero, que representa São Paulo na Concad Mulher, órgão que congrega advogadas dirigentes de Caixa de Assistência de todo o país.
Participam da campanha “Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, a convite da CAASP, a professora de Psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro Jaqueline Gomes de Jesus; a psicóloga e integrante do Conselho Nacional de Saúde Vitória Bernardes; a professora do curso de Direito da Universidade Mackenzie Alessandra Benedito; a integrante da Mídia Índia e Indígena Kelly Bone Guajajara, a cofundadora e diretora do Instituto Alziras Clara de Sá, a advogada e uma das idealizados da Transemprego Márcia Rocha, a fundadora da Cooperativa Libertas e integrante da Pastoral Carcerária Geralda Ávila, a conselheira federal da OAB RN e membro de Comissão Nacional de Estudos Constitucionais Ana Beatriz Presgrave, a conselheira federal da OAB SP e vice-presidente Nacional da Comissão da Mulher Alice Bianchini e a pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu da Unicamp Regina Fachini.
“Em nome de toda a diretoria da Caixa de Assistência agradecemos pela disposição voluntária de cada convidada em participar desta ação. Sem suas perspectivas práticas e acadêmicas, baseadas na experiência vivida e no estudo da violência e opressão às mulheres, qualquer possibilidade de transformação de nossa realidade será impossível”, registra Raquel Tamassia.
Originalmente concebida pela ONU Mulheres, órgão das Nações Unidas destinado a promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, a campanha no Brasil começa no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Desde 2008 as Nações Unidas fazem um chamado a governos, instituições da sociedade civil e mídia para que se unam à campanha e, com isso, inculquem nas pessoas consciência pública e despertem vontade política de combater a violência contra as mulheres, o que, como consequência, pode gerar recursos para ações concretas nesse sentido.
Em 2019, a Caixa de Assistência também participou da campanha. Na ocasião, a CAASP divulgou em suas redes sociais dados estatísticos sobre as mais variadas formas de violência contra as mulheres no Brasil.
Amparo às vítimas – A campanha Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulher soma-se a outras iniciativas de enfrentamento à violência contra elas que a Caixa de Assistência e a OABSP têm abraçado ao longo de 2020.
Em decorrência do aumento dos casos de agressão e feminicídio, realidade que também atinge as mulheres advogadas, a CAASP criou o Auxílio Violência Doméstica. Fruto de uma iniciativa da vice-presidente da entidade, Aline Fávero, o benefício é destinado a advogadas e estagiárias vítimas de violência em casa, beneficiárias das medidas protetivas da Lei Maria da Penha e que comprovem carência financeira em decorrência da agressão sofrida.
Essas mulheres podem receber ajuda pecuniária da Caixa de Assistência pelo período de seis meses, além de atendimento psicológico na rede referenciada da instituição ou pela plataforma de saúde mental CAASPsico.
A Caixa de Assistência também aderiu à campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”, cujo objetivo é ajudar advogadas a denunciarem situações de violência vividas em casa. A ação acontece nas farmácias da Caixa de Assistência, espalhadas por todo o Estado de São Paulo e o protocolo de socorro é simples e discreto: basta a mulher vitimada desenhar um “x” na mão e exibi-lo a qualquer um dos atendentes da farmácia. Os colaboradores e as colaboradoras estão preparados para acolher e orientar as advogadas.