Bernard Shaw talvez seja o mais provocativo dos dramaturgos. A fina ironia, o humor ácido e o gosto pelos paradoxos marcam a obra desse autor irlandês, morto em 1950. Agora, sua peça O Dilema do Médico, encenada pela primeira vez em 1906, ganha montagem brasileira dirigida por Clara Carvalho.
Parceria da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP), por meio do Clube de Serviços, com os produtores do espetáculo, garante a advogados e advogadas – e também acompanhantes, de modo condicionado à disponibilidade de lugares – desconto de 50%. Com isso, para a advocacia assistir ao espetáculo, o custo é 30 reais. Basta apresentar a Carteira da OAB na bilheteria do teatro na hora da compra do ingresso.
Se preferir adquirir a entrada on-line, basta acessar este link.
A peça está em cartaz no Auditório do Masp (Avenida Paulista, 1580) às sextas-feiras (20h), sábados (20h) e domingos (19h), até 26 de março. Atenção: não haverá apresentações durante o Carnaval.
“Bernard Shaw é imprescindível para quem ama as artes dramáticas. A CAASP dá uma oportunidade única para que a advocacia desfrute dessa manifestação cultural e de um entretenimento sem par, que é o teatro”, afirma o vice-presidente da Caixa de Assistência, Adib Kassouf Sad, responsável pelo Clube de Serviços.
O elenco de O Dilema do Médico é composto por atores e atrizes de várias gerações do teatro brasileiro, como Sérgio Mastropasqua, Iuri Saraiva, Bruna Guerin, Rogério Brito, Oswaldo Mendes e Márcia de Oliveira, entre outros.
A trama se passa em uma Londres do início do século 20, onde o doutor Sir Colenso Ridgeon pensa ter descoberto a cura da tuberculose. Ele só pode acolher em sua clínica mais um paciente e é obrigado a escolher entre o jovem artista plástico, talentoso e amoral, Louis Dubedat, e o moralmente íntegro e modesto médico Blenkinsop. No meio dessa discussão, o protagonista se apaixona por Jennifer, esposa do artista, que insiste para que seu marido seja curado. Cabe ao médico uma decisão de vida ou morte.
“O texto tem várias camadas. A peça, numa primeira camada, é uma sátira médica, apresentada aqui em uma conjuntura em que a ciência é tão debatida nos meios de comunicação, sobretudo desde o começo da pandemia, mas ele traz, também, uma discussão sobre escolhas e uma reflexão sobre a potência da arte. Antes de ser dramaturgo, Shaw foi crítico de arte e de música, mas a arte era sua verdadeira paixão. A peça mostra que a ciência acaba sempre perdendo o jogo para a morte, porém, a grande arte sobrevive. A vida humana física acaba, mas a música e as obras de grandes pintores têm um encanto que permanece”, diz Clara.