As câmeras de monitoramento instaladas no parlatório do Presídio Militar Romão Gomes (PMRG) foram removidas do local após preocupação externada pela Comissão de Direito Militar da OAB SP, visando preservar os direitos dos internos e as prerrogativas da Advocacia.
Segundo o presidente da comissão, Fernando Fabiani Capano, na semana passada, advogados que foram até o PMRG notaram que os equipamentos, que poderiam captar sons, estavam sendo colocados no espaço onde os detentos são entrevistados.
“Assim que recebemos a notícia, nossa vice-presidente, Dra. Flávia Magalhães Artilheiro, enviou e-mail ao comandante do presídio perguntando se poderíamos conversar a respeito do assunto. Na última terça-feira (22), o tenente-coronel Marcelo dos Santos Sançana nos respondeu que, embora as câmeras tivessem sido instaladas, elas não chegaram a funcionar. Levando também em consideração nossa preocupação, ele entendeu que não era mesmo caso da presença de tais equipamentos no local e, por isso, determinou que fossem remanejados para outra área dentro do quartel”, informa Capano.
O presidente ressalta que o relacionamento da OAB SP com o comando do Romão Gomes é muito bom e o diálogo é sempre profícuo. “Coronel Sançana entendeu nossa preocupação e, em homenagem ao respeito que nutre pela Advocacia e pela Ordem, acabou por deliberar pela retirada das câmeras – sem mesmo que elas estivessem ainda em funcionamento”, conclui.