Skip to main content
CAASPNotícias

Junho Preto: imunoterapia é a forma eficaz de combater o melanoma avançado

By 31 de maio de 2022No Comments
Junho Preto: imunoterapia é a forma eficaz de combater o melanoma avançado

O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no triênio 2020-2022 ocorram 8.450 novos casos da doença no Brasil, dos quais resultarão 1.923 mortes. O Junho Preto foi instituído com a finalidade de, ao estimular o conhecimento das causas e as formas de prevenção do melanoma, contribuir para a redução desses números.

O melanoma é mais comum em adultos de pele branca. Seu potencial de espalhar-se em metástase para outros órgãos é alto.  Assim descreve a página específica do Inca: “O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial. Nos últimos anos, houve grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor e à introdução dos novos medicamentos imunoterápicos”.

Os imunoterápicos foram só recentemente liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O nivolumabe, o mais moderno da classe, teve seu uso autorizado no país apenas em 2019. Antes disso, pacientes com prescrição médica do medicamento – aqueles com quadro de melanoma metastático – eram obrigados a recorrer à Justiça para que seus planos de saúde ou o SUS cobrissem o tratamento imunoterapêutico.

O melanoma tem taxa de recorrência entre 50% e 80% nos casos de pacientes com a doença em estágio avançado. Está comprovado que a quimioterapia, sozinha, não funciona em casos de melanoma metastático.  Segundo especialistas do Instituto Melanoma Brasil, durante muitos anos os pacientes só dispunham do interferon e suas variantes para evitar a recidiva da doença. O uso de imunoterápicos modificou esse quadro.

O procedimento inicial mais indicado quando da detecção de um melanoma é sua remoção cirúrgica. Radioterapia e quimioterapia podem ser adotadas a depender do estágio do câncer. Em caso de metástase, hoje o tratamento indicado é com medicamentos imunoterápicos.

Já em 2015, quando a primeira classe de imunoterápicos usada nos Estados Unidos e na Europa aguardava aprovação da Anvisa, o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Gustavo dos Santos Fernandes, advertia: “Não há justificativa técnica para a demora da Agência. A quimioterapia antes de imunoterapia só atrasa o tratamento e prejudica o paciente, por isso a substituição está ocorrendo no mundo inteiro. Todas as evidências recomendam a imunoterapia em primeira linha (logo no início do tratamento)”.

De acordo com o Inca, o melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. Na pele normal, manifesta-se após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares que coça e descama. Em casos de lesões pigmentadas pré-existentes, há aumento do seu tamanho e mudanças de coloração e forma.

A detecção precoce é feita mediante investigação clínica, laboratorial, endoscópica ou radiológica das pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença. O diagnóstico precoce possibilita melhores resultados no tratamento do melanoma.

Alguns fatores aumentam a chances de uma pessoa desenvolver melanoma. Fique atento(a):

– Exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e na adolescência;

– Exposição a câmaras de bronzeamento artificial;

– Possuir pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino;

– Possuir histórico familiar de câncer de pele.